Minha nossa, como eu estou irritada
com meus joelhos!
Isso mesmo que você
leu. Meus joelho!
Adolescentes comuns de
16 anos podem dançar, pular, correr, jogar bola e não têm problemas com isso.
Mas eu não sou uma
adolescente comum, certo?
Vou contar uma triste
história de vida.
De uma garota de 11
anos apaixonada por jogar futsal.
Era para ser uma
sexta-feira comum de educação física.
As turmas 605 e 606 com
mais uma disputa saudável, (espirros) mentira,
de futsal.
Porém, as desavenças
começaram quando a suposta turma 605 não pode participar das aulas na quadra.
Então, as meninas
viciadas em futsal, resolveram convidar alguns meninos para jogarem com elas -
o que sinceramente, agora, reconheço como grande erro.
Jogo vai, bola gira,
meninas e meninos correm.
E então acontece uma
falta.
Uma menina linda,
charmosa e ótima jogadora (eu) fui convocada pelo time para marcar o tal garoto
que bateria a falta.
Mas aquele menino era
debochado. Ah!, se era.
Após tocar na bola, a
menina já podia partir para cima, e ela foi.
Mas ele ficou brincando
com a bola na frente dela, até que - claro - ela conseguiu tomar a bola para
si.
E então a brutalidade
aconteceu.
O - IDIOTA, IMBECIL, RIDÍCULO,
PATÉTICO, NOJENTO, SER HUMANO DESPREZÍVEL - garoto tentando tomar a
bola da suposta maravilhosa, linda, meiga jogadora, acabou CHUTANDO seu pé ao
invés da bola.
Agora imaginem a cena a
seguir:
Ele chutou seu pé.
Seu pé fez uma rápida
virada de 90° enquanto seu joelho continuou em posição normal.
Imagine como doeu?
(só de lembrar, dá
vontade de chorar)
A linda e fraturada
garota saiu mancando no mesmo instante e o ser desprezível ainda teve a coragem
de rir e dizer: "se não sabe jogar, nem tenta.".
Em parte, admito que
estava errada por jogar contra garotos com o dobro do meu tamanho.
Mas aquele desprezível
ser também tem culpa!
O fato é que:
Eu não fui ao
ortopedista na época.
Só consultei um médico
com 14 anos (nesse mesmo ano eu enfaixei meu joelho duas vezes).
Aí descobri que tinha
derrame e uma contusão no joelho direito.
Fiz fisioterapia, blá,
blá, blá.
Dois (maldosos) anos
depois.
Começo então a sentir
dor no joelho esquerdo.
E para evitar dor, tomo
remédios (tipo dorflex) para reduzir a dor.
Mas nada de ir no
médico (talvez pelo fato de que meu "lindo" ortopedista resolveu se
mudar para o sul).
Então. Duas semanas
depois, meu lindo joelho direito começou a doer.
A unica coisa que pude
fazer era colocar gelo no joelho (e olhe lá, pois aconteceram outras coisas que
impediam minha ida ao médico).
Semana vai, semana vem.
Aula de artes,
quarta-feira, 4 de junho.
Fui eu caminhando
tranquilamente (pois eu estava ostentando com meus joelhos sem dor), de repente
meu joelho direito começa a ter reações não muito agradáveis - na verdade nada
agradáveis -, me impedindo de andar.
Parei no banheiro,
respirei fundo e voltei sentindo dor para a sala.
Peguei meu celular,
voltei ao banheiro e liguei para meu pai.
O meu lindo pai não
podia me buscar, pois estava no trabalho.
Vai eu então ligar para
meu irmão.
Ele disse que estava na
faculdade (o engraçado é que ele faz faculdade de fisioterapia), mas que iria
correndo me pegar.
Uma colega minha estava
no banheiro e viu meu pequeno eu
estava chorando desespero.
Fui eu então para a
sala.
(péssima ideia,
Gabrielle, péssima ideia)
Todo mundo começou a me
tratar como um bebê.
Queriam até me carregar
no colo palhaçada.
Enfim.
Fui ao médico, ele
olhou na minha cara, deu duas mexidas no meu joelho, passou uns remédios e
ultrassonografia nos dois joelhos.
Fiz meus exames e aí
está o veredito:
Eu possuo derrame nos
dois joelhos e por conta disso, minha musculatura começou a inflamar.
Lindo, né?
E não é só isso.
Agora eu ando feito uma
velha estranha mancando pela casa impossibilitada de ir para a escola.
Uma coisa que aprendi
com isso?
Nunca jogue futsal
contra um menino com o dobro do seu tamanho.
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